
O Brasil é o maior país africano fora da África. A cultura do continente vizinho à América do Sul pode ser aqui observada nos temperos, na música, nas cores, cabelos, danças e crenças que tingem o Brasil. E na literatura. Um livro que acabo de ler e que é um retrato bacana da Nigéria e de quão próximos estamos deste país é “Americanah”, da premiada escritora Chimamanda Ngozi Adichie.
É uma história de amor. Mas é também uma história sobre ser negro, sobre preconceito, sobre imigração, sobre a busca pela dignidade nos Estados Unidos e na Europa, como se só fosse possível ser digno fora da África. Justamente no momento em que os Estados Unidos elegem um presidente negro. A protagonista é uma blogueira, e o livro acaba sendo o depósito das impressões que ela deixa em seu blog. “Americanah” imprime o amor e a dor de ser a expressão da África em um mundo desigual.
English – Brazil is the largest African country outside of Africa. The culture of the continent neighboring South America can be seen here in the spices, music, colors, hair, dances and beliefs that color Brazil. And in literature. A book I have just read that is a nice portrait of Nigeria and how close we are to this country is “Americanah”, by award-winning writer Chimamanda Ngozi Adichie.
It’s a love story. But it’s also a story about being black, about prejudice, about immigration, about the quest for dignity in the United States and Europe, as if it were only possible to be dignified outside of Africa. Just as the United States elects a black president. The protagonist is a blogger, and the book ends up being the depository of the impressions she leaves on her blog. “Americanah” imprints the love and pain of being the expression of Africa in an unequal world.