O filme “Em Ritmo de Fuga” (no original “Baby Driver”), que estreou há poucos dias na Netflix, é um ballet com belas coreografias que casam uma gostosa trilha sonora (jazz, rock, blues, pop) com cenas de tensão e lirismo. Algumas são memoráveis, como o início do filme, com um belo plano-sequência, no qual o jovem ator Ansel Elgort dança com a urbana paisagem da cidade de Atlanta. Ao lado dos oscarizados Kevin Spacey e Jamie Foxx, além da bela Lily James, Elgort anda, dirige, se apaixona e comete alguns deslizes morais – (co)movendo-se pelas batidas sonoras. Tiros são sincronizados com as batidas na bateria de um rock ou com o motor de uma máquina de lavar; as letras de uma música ditam os passos e as falas do ator: trata-se de um musical altamente criativo e com uma linguagem inovadora. Em tempos de quarentena, “Em Ritmo de Fuga” é uma fuga da pandemia em ritmo de arte em alto nível. Se ainda não viu, sugiro que você vá dançar agora mesmo esta fuga.
Anderson Borges Costa, brasileiro, é autor dos romances “Rua Direita” (Chiado, 2013), “Avenida Paulista, 22″ (Giostri, 2019) e do livro de contos “O Livro que não Escrevi” (Giostri, 2016 – do qual, um dos contos foi traduzido para o inglês no Canadá), além das peças teatrais “Quarto Feito de Cinzas” (traduzida para o italiano para ser apresentada na Itália), “Elevador para o Paraíso” e “Três por Quarto”. Premiado no Prêmio Guarulhos de Literatura (categorias Livro do Ano e Escritor do Ano) e no Concurso Literário do Instituto Federal São Paulo. É coordenador do Departamento de Português da escola internacional Saint Nicholas, em São Paulo, onde também atua como professor de Português e de Literatura Brasileira. É professor de Inglês no curso Cel Lep. Formado e pós-graduado pela Universidade de São Paulo em Letras (Português, Inglês e Alemão), é crítico literário e resenhista de livros para várias revistas de arte e literatura, como a “Germina”, onde assina a coluna “Adrenalina nas Entrelinhas”. É paulistano e nasceu em 29 de janeiro de 1965. Participou do último filme da diretora Anna Muylaert, “Mãe só há uma”, fazendo uma figuração como o professor de literatura do protagonista.
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2 comentários em ““Em Ritmo de Fuga” (“Baby Driver”) é um filme pra ser visto com os ouvidos”
Obrigado pela dica ! Será a sessão de hj !
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Assisti no cinema. A sequência inicial vertiginosa já dá a receita de um filme que combina diversão fácil e trilha sonoras de ótimo gosto
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